Taí uma entrevista atrevida de Mário Oshiro e Mayra Kanashiro pro programa Alternado da rádio Metodista. Com algumas versões acústicas de Canapés, Rir-Chorar e Amor, Amor, Amor que tocamos ao vivo pro programa.
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Fechando o cerco
"Rafael Castro, tendo como referência principal aquele setentismo brasileiro de cantar junto, cria e promove sua música com as ferramentas e as técnicas mais atuais, aquelas dispoíveis às mentes ligadas, ligeiras e à frente. Ora soando rock de bandana como os primeiros discos solos da Rita Lee, ora como a brasilidade casqueira de Krig-Ha Bandolo (obra-prima de Raul Seixas) - e muitas vezes soando como um filho-prodígio dos dois que passasse temporadas na casa de Jards Macalé - Rafael Castro, em três anos de carreira, lançou oito discos, todos eles gravados em sua casa em Lençóis Paulista (interior de SP) e disponibilizados gratuitamente em redes sociais da internet.
A inteligência acesa com a qual produz e divulga esse universo autoral envolvente já amplia seu público. De pequeno fenômeno entre pessoas que acompanham a cena musical brasileira com mais afinco, em 2008 Rafael Castro passou a levar seu cosmo particular de personagens com profundidade literária, humor irônico e rocks rasgados para um público muito mais extenso. Exemplo disso é a turnê por cidades do interior de São Paulo, como Bauru e Campinas, e a conquista do concurso Trama Virtual/Peligro de novas bandas, que o levou a tocar em uma festejadíssima apresentação na capital, memorável em sua diversão e destreza.
Ainda que as gravações estejam muito próximas do clima "ao vivo", talvez seja mesmo nos shows que a música de Rafael Castro melhor mostre sua força. A ele na guitarra e voz se aliam um baixista e um baterista, tranformando-se em Rafael Castro & Os Monumentais, um power-trio à la Grand Funk Railroad - o sumo da simplicidade elétrica e festeira do rock'n'roll. E nessas ocasiões, Rafael Castro assume ares de crooner/seresteiro/show-man, esbanjando presença de palco com o carisma personalíssimo (mas não personalista) de quem estaria numa boa tanto em uma roda de violão entre amigos quanto num estádio, com alguns milhares cantando seus refrões certeiros - hiteiros.
Diversão, destreza, carisma. Hiteiro, inteligência, à frente. Ligado, certeiro. Elétrico. Festeiro. Numa boa - características raramente reunidas, pra ficar mais raro ainda aqui elas são apresentadas na estrutura clássica das serestas de moleque roqueiro. Tem o riff, tem o refrão, tem o solinho, como o próprio Rafael Castro já definiu em uma entrevista onde, com humor, também se definiu como "o novo Mutantes". A realidade não está muito distante."
Diego Franco
Massa... é sempre entusiasmante encontrar algum registro do Rafael Castro. Eu fico muito gratificado por ele ter em corpo nascido à época.
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